Promoção pessoal nas redes sociais: veja o que pode ou não pode ser feito

Com os avanços tecnológicos e midiáticos, é impossível ter um gerenciamento político que não envolve redes sociais, mas a grande questão é: o que pode e o que não pode ser utilizado nas redes sociais para promoção pessoal de um político? 

Bom, não é novidade para ninguém a importância que essas plataformas têm ganhado no dia a dia das pessoas. Atualmente, estar desconectado das redes é estar desconectado do mundo, tendo em vista que tudo se divulga e se compartilha através delas. Nesse sentido, o espaço pessoal e de trabalho nessas plataformas já se misturou bastante, onde perfis pessoais passaram a ser também profissionais. No entanto, é comum que haja regulamentações e legislações para controlar o que pode e o que não pode ser divulgado nesse ambiente digital para determinadas profissões, no intuito de proteger os internautas que estão consumindo aquele conteúdo.

No meio político não é diferente! O alcance que essas plataformas possibilitam é muito maior que outros meios de comunicação, especialmente para o público jovem, tornando-se praticamente impossível não divulgar o seu trabalho de campanha, ou até sua carreira e feitos políticos fora do período eleitoral,  nas redes sociais. Entretanto, deve-se haver um limite nesse uso e para isso, alguns parâmetros são estabelecidos, sendo extremamente importante conhecê-los para não colocar sua campanha em risco. 

O que é permitido? 

• Pode parecer óbvio, mas não é necessário retirar contas pessoais do ar e elas podem ser usadas também para fins políticos se desejado;
• É permitido fazer publicações sobre atos, obras, programas, etc., ou seja, de políticas públicas em geral em perfis pessoais, desde que não seja custeada por recursos públicos;
• Fornecer através das redes um telefone para contato ou horário de funcionamento de órgãos públicos;
• Divulgar informes técnicos de ações e políticas públicas; 
• Qualquer eleitor ou cidadão, seja da mesma linha política ou não, pode fazer comentários a favor ou contra seus pensamentos e atos políticos; 

O que é proibido? 

No caso das proibições, elas se diferem bastante do que se proíbe em redes institucionais, ou seja, perfis de prefeituras, governos e órgãos públicos, do que se proíbe para perfis pessoais dos políticos. No entanto, em ambos os casos a Justiça Eleitoral visa o combate às fake news, bloqueando conteúdos ou alertando nas redes quando uma informação que foi divulgada é falsa. Confira a seguir as demais proibições.

Promoção pessoal em redes sociais institucionais: 

• Não é permitido em nenhum momento realizar promoção pessoal de políticos ou qualquer tipo de agente público. Além disso, a propaganda realizada nesses perfis devem ter caráter educativo, de informação e orientação aos cidadãos e jamais ter relação com a gestão vigente em si;
• Já para três meses antes do período eleitoral, também não é permitido a promoção de programas, obras ou qualquer outro tipo de propaganda institucional. Não importa se ela a propaganda foi autorizada antes, se o programa a ser divulgado já estava em vigor anteriormente aos 3 meses, a proibição permanece em todos os casos;
• Também não é permitido divulgar nos três meses anteriores às eleições fotos de políticos em eventos públicos (prefeito, vereador, governador, etc.), sendo essa prática vista como uma estratégia de promoção pessoal. 

Em perfis pessoais: 

• É proibido a realização de propagandas pagas; 
• O conteúdo não pode ser terceirizado, ou seja, o perfil deve conter publicações feitas apenas pelo próprio candidato ou partido;
• Não é permitido propagandas que estejam vinculadas a pessoas jurídicas oficiais ou qualquer ente público; 
• Usar as redes para difamar algum outro candidato ou prejudicá-lo de alguma forma; 

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